Conheça a trágica e real história por trás da expressão “Inês é morta”

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É muito provável que você já tenha ouvido falar ou até mesmo tenha mencionado a expressão “Inês é morta”. Ela costuma ser usada no sentido de “agora, é tarde demais”. Mas você sabia que a famosa frase tem origem em fatos reais? A história não é só verdadeira como trágica e marcou a história da corte portuguesa.

Segundo a crônica escrita por volta de 1440 pelo historiador português Fernão Lopes, o príncipe Pedro I havia se apaixonado por Inês de Castro, uma dama de companhia de sua esposa e cujo pai era um nobre espanhol. O pai de Pedro, o rei português Afonso IV, não aprovou o romance e exilou Inês. Após a morte da esposa de Pedro, Inês voltou a Portugal, reencontrou o amante e com ele teve quatro filhos.

O rei Afonso seguia insatisfeito com a união e, em 1335, mandou matar Inês. Pedro jurou vingança e, após ascender ao trono, executou dois dos assassinos da amada. Ele não parou por aí e ainda desenterrou o corpo de Inês para levá-lo em procissão de Coimbra a Alcobaça. No fim, mesmo diante de tamanho esforço, Pedro nada poderia fazer, já que Inês estava morta.

O caso trágico foi contado e recontado em várias obras portuguesas, como Os Lusíadas, de Luís de Camões, e multiplicou-se em adaptações teatrais, ganhando contornos ainda mais incríveis com o passar do tempo. Construiu-se a versão de que Inês não só foi transferida para uma nova sepultura como o seu cadáver teria sido coroado em uma cerimônia. Exagerada ou não, o fato é que a história de Inês cavou espaço eterno na cultura portuguesa e, por que não, no nosso dia a dia.

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