Como explicar a ausência de estrelas nas fotos da Lua?

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Tão instigante quanto a façanha de o homem ter ido à Lua é a produção em série de teorias conspiratórias que alegam que essa aventura não tenha passado de uma farsa produzida pelos Estados Unidos. Boa parte dessas provocações parte da análise de fotografias e filmagens divulgadas há mais de 50 anos. No entanto, os registros da época, alvo de descrédito, se bem estudados, podem comprovar a sua própria veracidade.

O primeiro voo tripulado do Programa Apollo chegou à Lua em 20 de julho de 1969. As imagens desse momento histórico fascinam até hoje. Muitos dos adeptos de teorias da conspiração declaram que se trata de montagens. Ou seja, que as imagens seriam falsas. Uma das acusações apresentadas é a ausência de estrelas no céu.

A explicação técnica que refuta tal suposição se baseia em uma limitação dos filmes fotográficos que também está presente nos sensores das câmeras digitais modernas. Falamos do alcance dinâmico, que é a capacidade do aparelho de capturar detalhes em um intervalo entre tons claros e escuros. Quanto maior o contraste, ou seja, quanto mais tons muito claros e muito escuros estiverem presentes em uma imagem, o alcance dinâmico se torna cada vez mais curto.

As fotografias da Lua foram feitas sob forte luz solar e essa diferença entre a intensidade de luz do Sol em comparação com as outras estrelas, localizadas a vários anos-luz de distância, é muito maior do que o alcance dinâmico de qualquer filme. Assim, no momento do ajuste da câmera, algo não será capturado com perfeição. Mesmo fora da foto, as estrelas podem ficar contentes de – ao menos – ajudarem a valorizar esse feito histórico da humanidade.