Apenas com livros escritos por mulheres, livraria abre as portas em São Paulo

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O Brasil é riquíssimo em literatura. Nosso país lançou autores e autoras que são sucesso em todo o mundo, com relançamentos constantes de obras que são clássicos da nossa literatura. Nesta mesma época do ano, mas em 2020, o livro “Memórias póstumas de Brás Cubas” foi relançado nos Estados Unidos e a edição se esgotou em apenas um dia. Mesmo com o brasileiro lendo em média apenas cinco livros por ano, livrarias seguem sendo inauguradas pelo Brasil.

Inaugurada em maio deste ano, a livraria Gato Sem Rabo é a primeira dedicada apenas a livros escritos por mulheres. Localizada em São Paulo, a livraria busca “corrigir um buraco na história”, segundo a idealizadora e proprietária do local Johanna Stein. O nome do espaço faz menção a um ensaio de Virginia Woolf (1882-1941) em “Um Teto Todo Seu” (1929), onde descreve a participação feminina na literatura como algo estranho, como um gato sem rabo.

Em entrevista ao site UOL, Johanna Stein diz que “as mulheres sempre escreveram muito, sobre diversos assuntos, mas estavam condenadas a obrigações sociais que as mantinham longe da produção literária”. Segundo a empresária, agora é preciso “garantir que nenhuma mais seja deixada para fora das prateleiras das livrarias”. Quem frequentar o espaço vai encontrar livros de autoras dos mais diversos segmentos, de romance e poesia a ciência política, passando também pelas áreas de exatas.

Além da oferta de livros escritos por mulheres, a livraria também terá uma cafeteria e um espaço destinado a encontros, que será liberado assim que a vacinação avançar e reuniões voltarem a ser permitidas. Para quem busca referências e deseja conhecer novas autoras, Johanna recomendou, em entrevista ao UOL, três livros:

·         “A Teus Pés”, de Ana Cristina César;

·         “Um Exu em Nova York”, de Cidinha da Silva;

·         “A Fúria: e Outros Contos”, de Silvina Ocampo