O que é o “efeito Mona Lisa” e por que ele não se aplica à própria obra-prima?

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Você já sentiu aquela sensação de estar sendo seguido pelo olhar de um retrato, independentemente do ângulo? Essa impressão tem, inclusive, nome científico: trata-se do “efeito Mona Lisa”, termo derivado, claro, da obra-prima de Leonardo Da Vinci. O mais curioso é que, muito provavelmente, o “efeito Mona Lisa” não se aplique à própria pintura que originou o conceito.

Uma pesquisa da Universidade de Bielefeld, na Alemanha, confirmou que o “efeito Mona Lisa” pode ser verificado em praticamente todos os retratos. No ângulo zero, por exemplo, a obra estaria olhando direto para quem vê, sem gerar o efeito para alguém postado na lateral do quadro. Para criar a sensação de estar sendo seguido pelo retrato, o olhar precisaria ser ligeiramente lateral, correspondendo ao ângulo de 5 graus.

Mas e a Mona Lisa? O estudo colocou 24 pessoas para observar o quadro a partir da tela de um computador, a 66 centímetros de distância.

A conclusão é de que o olhar da icônica modelo de Da Vinci se dirige, na verdade, demasiadamente para o lado, chegando a um ângulo médio de 15 graus. Ou seja, ao contrário da crença que perdurou por séculos, a Mona Lisa não está nos encarando, pelo menos do ponto de vista matemático.