A curiosa origem do “vermelho” e por que ele é tão diferente de outros idiomas

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Rouge, red, rojo… você acabou de ler palavras que significam vermelho em variados idiomas. Por que em francês, inglês e espanhol, por exemplo, elas se parecem tanto enquanto que, na língua portuguesa, essa cor é falada e escrita de uma forma tão diferente? Vamos explicar melhor essa história e também revelar a curiosa etimologia da palavra.

A maioria das línguas europeias vem do idioma protoindo-europeu, falado por uma etnia de cavaleiros que dominou boa parte da Rússia e se espalhou pela Eurásia há mais de três mil anos. Neste idioma, vermelho se dizia “reudh”.

Essa palavra deu origem a rouge, red, rojo e – inclusive – a roxo e rubro, na língua portuguesa. A questão é que, no português, popularizou-se a versão em latim do nome dado à cor vermelha, que também existe em outros idiomas, mas é pouco usada. Em latim, vermelho se dizia vermiculus, diminutivo de vermis, ou seja, “verme”.

Mas qual poderia ser a relação da cor com o animal? Na Antiguidade, a única maneira de se obter pigmento vermelho era esmagando um minúsculo inseto chamado cochonilha – cujo nome científico atual é Kermes Vermilio. Embora verme e inseto sejam claramente coisas diferentes, não havia tamanho conhecimento na época. Assim, qualquer bicho pequeno acabava definido como verme.

Um pequeno deslize científico? Talvez. Mas que, com certeza, caiu como uma luva para dar nome – e vida – a essa cor.